Em 2023, a dengue fez vítimas fatais em um número jamais visto. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 1.079 óbitos pela doença, estabelecendo um novo e lamentável recorde na série histórica.
Infelizmente, o Brasil enfrenta pelo segundo ano consecutivo um recorde de mortes por dengue. Em 2022, o país registrou 1.053 óbitos pela doença, enquanto em 2015, foram 986 mortes.
Diante dessa preocupante situação, o Ministério da Saúde capacitou 11,7 mil profissionais para o manejo clínico, vigilância e controle das arboviroses em 2023 e pretende investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância dessas doenças, transmitidas por insetos e aracnídeos.
O órgão solicitou à população que intensificasse os esforços e medidas de prevenção para reduzir a transmissão das doenças e buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas, que incluem febre, dor no corpo e articulações, dor de cabeça, entre outros.
Em dezembro, foi informado que uma epidemia de dengue estava prevista para as regiões do Centro-Oeste e Sudeste, com foco em Minas Gerais e Espírito Santo. No Sul, o Paraná foi classificado com potencial muito alto para casos de dengue, enquanto o Nordeste apresenta crescimento, ainda abaixo do limite epidêmico.
Conforme o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti, cerca de 30,2% dos municípios analisados estão em alerta para infestação do mosquito. Além disso, foi revelado que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estavam nos domicílios em 2023.
Recentemente, a vacina contra a dengue Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde. Entretanto, a disponibilidade será limitada por conta da capacidade restrita de fornecimento de doses pela farmacêutica, portanto, serão focadas populações e regiões prioritárias.
A previsão é de que sejam entregues mais de 5 milhões de doses em 2024. De acordo com o Ministério, a vacina é indicada para prevenção de dengue causada por qualquer tipo do vírus para pessoas de 4 a 60 anos de idade, mesmo que já tenham sido expostas ao vírus anteriormente.
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