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Banco Central admite melhoria no consumo das famílias brasileiras

O Banco Central do Brasil revelou que o crescimento no consumo das famílias tem sido uma surpresa positiva, devido à evolução do mercado de trabalho e à implementação de novos programas sociais.

O Banco Central (BC) declarou que o crescimento no consumo das famílias superou as expectativas, impulsionado por medidas como os programas sociais e a expansão do mercado de trabalho que contribuíram para o aumento da renda bruta das famílias. A instituição também enfatizou a relevância de empenhar-se na consecução das metas fiscais rigorosamente.

Na terça-feira (19 de dezembro de 2023), a referida autoridade divulgou a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Sem surpresas, na quarta-feira (13 de dezembro de 2023), o Copom decidiu efetuar o quarto corte consecutivo na taxa Selic, diminuindo-a de 12,25% para 11,75% ao ano.

O BC ressalta que a falta de esforço em promover reformas estruturais e manter a disciplina fiscal tem potencial para aumentar a taxa de juros neutra da economia. O crescimento do crédito direcionado (subsidiado) e as dúvidas sobre a estabilização da dívida pública são outros fatores que contribuíram para essa situação.

A incerteza fiscal também aumentou em torno da própria meta estabelecida para o resultado primário. Embora o governo tenha o objetivo de eliminar o déficit em 2024, as projeções dos economistas indicam que essa meta não será alcançada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou recentemente que não pretende cortar gastos.

Sobre o cenário externo, o BC afirmou que, apesar de continuar volátil, tornou-se menos adverso desde a última reunião. Houve uma redução nas taxas de juros de longo prazo nos EUA e sinais iniciais de queda da inflação no mundo.

De acordo com o BC, o mercado de trabalho é bastante dinâmico. Há evidência de uma expansão nos ganhos de renda real no período mais recente. A organização acredita que essa melhoria pode estar relacionada a fatores temporários e promete acompanhar de perto os diferentes elementos do mercado de trabalho.

Finalmente, o BC informou que deve reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em janeiro. Esta decisão foi unânime. A inflação e as expectativas futuras para o IPCA diminuíram, o que deu início ao ciclo de redução da taxa em agosto. A política monetária se apresenta como uma das ferramentas para controlar o poder de compra da população. A taxa Selic será a menor desde maio de 2022, tendo recuado 2 pontos percentuais ao longo de 2023.

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