O Congresso dos Estados Unidos cassou hoje o mandato do deputado George Santos, apoiador de Jair Bolsonaro, filho de imigrantes brasileiros, acusado de várias irregularidades, como falsificação de currículo e uso ilegal de fundos de campanha. Santos, o primeiro deputado a ser expulso desde 2002, enfrentou a votação com 311 votos a favor de sua expulsão.
A notícia é particularmente curiosa sob vários pontos de vista. O primeiro é o que ajuda a reafirmar a percepção pública de que se é bolsonarista, mais cedo ou mais tarde será pego cometendo algum tipo de peripécia. Neste caso, para causar ainda mais espécie, o ex-deputado foi cassado, assim como o próprio Jair Bolsonaro e outros deputados como Daniel Silveira e muitos outros deputados e senadores bolsonaristas.
Mas é graças ao alarde retumbante feito pela comitiva bolsonarista que a situação assume real contorno de palhaçada. A suposta visita da gangue bolsonarista, intensamente criticada por sua evidente razão oportunista de passeio e propaganda política financiada pelo estado, a tal mamata turística, teria sido justificada por levar uma denúncia de ataques à democracia e a liberdade de expressão, aqui no Brasil, até o deputado norte americano, para que providências fossem tomas.
Agora cassado, mesmo que houvesse verdade na denúncia e algo que o deputado de lá pudesse fazer - e não é, e não há - fica realmente constatado, para além de qualquer ideologia, o desperdício de verba pública.
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