A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, declarou que a nota da Conib (Confederação Israelita do Brasil) em resposta às suas observações confirma que o órgão 'não suporta críticas ao governo ultraconservador de Israel'.
Em sua postagem em X na terça-feira (2.jan.2024), a congressista afirmou que a confederação a acusa de preconceito e antissemitismo. 'Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos ficar em silêncio diante da pressão indevida do órgão', disse.
'Nunca fizemos nem encorajamos comentários ou comportamentos antissemitas porque respeitamos todos os povos e religiões. No entanto, criticamos e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito tempo superou o argumento legítimo da defesa de Israel e se tornou uma operação de genocídio', respondeu Gleisi.
A deputada também defendeu o direito de expressão do jornalista Brenno Altman, 'que é perseguido por criticar as posições da Conib', de acordo com ela.
A Confederação apresentou uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo solicitando a remoção do conteúdo das redes sociais de Breno Altman, fundador do site Opera Mundi. O pedido foi atendido pelo juiz Rafael Meira Hamatsu Ribeiro em 24 de dezembro de 2023.
De acordo com o Opera Mundi, Altman, que é judeu, também é alvo de uma investigação da Polícia Federal depois da petição do procurador Maurício Fabreti.
Em 30 de dezembro de 2023, a deputada Gleisi Hoffmann disse que a Conib estava promovendo o que chamou de 'perseguição' contra o jornalista.
Segundo Hoffmann, Altman estaria sendo perseguido por seu firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo ultraconservador de Israel', referindo-se à guerra na Faixa de Gaza.
Em uma nota, a Conib disse repudiar a fala de Gleisi. Declarou também que Altman 'promove o antissemitismo e a desinformação, fazendo pouco caso dos assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de 'ratos''.
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