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Salmão: O peixe super nutritivo, mas nem todos são iguais

Especialistas analisam as diferenças nutricionais entre as espécies de salmão e destacam a importância dos ácidos graxos ômega-3 presentes no peixe.

Talvez você já saiba que o salmão é excelente para sua saúde. Dariush Mozaffarian, professor e chefe do Instituto 'Food is Medicine' da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, afirma que o salmão está no topo de sua lista de recomendações para consumo de peixes, devido aos seus diversos benefícios à saúde.

Porém, escolher qual tipo de salmão consumir pode não ser tão simples. O valor nutricional do salmão pode variar dependendo da espécie, e há uma percepção entre os consumidores de que o salmão de viveiro e o salmão selvagem possuem diferenças significativas em termos de nutrientes e níveis de contaminantes. Há uma parcela de verdade nessa afirmação, conforme comprovado por pesquisas científicas. Entre gorduras saudáveis e metais pesados, aqui estão as respostas para todas as suas perguntas relacionadas ao salmão.

Os ácidos graxos ômega-3, especificamente o ácido docosahexaenoico (DHA) e o ácido eicosapentaenoico (EPA), são apontados por Mozaffarian como os atributos nutricionais mais distintivos do salmão. Este peixe é uma das maiores fontes de DHA e EPA, superando quase qualquer outro alimento, com exceção de outros peixes gordurosos, como arenque e sardinha.

Várias pesquisas associaram consistentemente o consumo de ácidos graxos ômega-3 de frutos do mar a taxas mais baixas de derrame e doenças cardíacas. Além disso, essas gorduras podem reduzir a rigidez arterial, ligada à pressão arterial elevada, e possuem efeitos anti-inflamatórios que podem proteger contra a obesidade e a diabetes tipo 2. Os ômega-3 também são essenciais para o desenvolvimento cerebral na primeira infância e podem proteger contra o declínio cognitivo relacionado à idade e doenças neurodegenerativas.

É fundamental consumir alimentos ricos em ômega-3 para garantir que o corpo e o cérebro recebam o que precisam, e a recomendação da Associação Americana do Coração é a ingestão de uma porção de 90 gramas de peixe, especialmente peixes gordurosos como o salmão, pelo menos duas vezes por semana. Há evidências de que obter essas gorduras de frutos do mar pode ser mais benéfico do que por meio de suplementos.

Além disso, o salmão contém outros nutrientes, como proteínas, selênio e iodeto, que podem potencializar os efeitos saudáveis dessas gorduras. 'O foco geralmente está no ômega-3, mas é o pacote completo que torna o salmão tão saudável', explica Matthew Sprague, professor de nutrição no Instituto de Aquicultura da Universidade de Stirling, no Reino Unido.

Stefanie Colombo, professora associada e chefe de pesquisa em nutrição de aquicultura na Universidade Dalhousie, no Canadá, reconhece a confusão que a variedade pode causar aos consumidores, mas esclarece que não há muita diferença entre salmões selvagens e criados em viveiro. Contudo, o salmão rosa selvagem do Pacífico tende a ter menos nutrientes que outras espécies, independentemente de serem cultivadas ou selvagens. Porém, todas as amostras de salmão são muito nutritivas e continham níveis de mercúrio muito abaixo dos padrões internacionais de segurança.

Todos os tipos de salmão são benéficos para a saúde e não há necessidade de se preocupar excessivamente na hora de escolher qual consumir desde que você goste do sabor.

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