A justiça de São Paulo deu mais 90 dias para que a Polícia Civil de Piquete (SP) finalize a apuração das denúncias contra o coach e pré-candidato ao cargo de Prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), suspeito de tentativa de homicídio privilegiado. O incidente questionável ocorreu em janeiro de 2022, quando Marçal levou seus coachees para uma escalada perigosa no Pico dos Marins, no vale do Paraíba, que terminou com inúmeras pessoas doentes e necessitando de resgate.
O cenário naquela ocasião estava repleto de condições climáticas desfavoráveis. Mesmo assim, o coach decidiu prosseguir com o evento, que era parte de um curso de autoajuda intitulado 'O pior ano de sua vida'. Com a equipe em condições precárias e perdida a uma altitude de 2.400 metros, os policiais civis precisaram retirá-los do local.
A investigação, cujo prazo foi estendido nesta terça-feira, 23, busca apurar se Marçal, ao liderar o grupo na escalada noturna e sob condições adversas, sem a companhia de guias locais ou especializados, cometeu uma falha grave.
Marçal, após o incidente, alegou que não obrigou ninguém a participar da subida do monte e que cada pessoa era responsável por suas próprias ações. Posteriormente, em uma postagem nas redes sociais que logo foi excluída, o pré-candidato descreveu o evento como 'o pior dia de nossas vidas', realçando o impacto desastroso da situação.
Ao longo das investigações, a defesa do coach procurou arquivar o caso através de um habeas corpus, mas foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Se condenado, Marçal pode receber uma pena de 6 a 20 anos.
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