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Brasileiros aumentaram o consumo em 4,24% no mês de outubro, revela Abras

A Associação Brasileira de Supermercados atribui o aumento do consumo à abertura de novos estabelecimentos e a realização de promoções.

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) informou que houve um aumento de 2,89% no consumo em lares brasileiros em outubro, em relação ao mês anterior. Com relação a outubro do ano passado, o crescimento foi de 0,61%. Desde o início do ano até agora, a alta é de 2,64%.

Esse resultado considera os diversos formatos de loja, como atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todas essas variações são analisadas pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), conduzido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o aumento pode ser creditado à abertura de novas lojas e a promoções. 'As atividades promocionais normalmente crescem no segundo semestre, combinadas com uma renda mais estável e uma menor variação nos preços da cesta de abastecimento dos lares', disse Milan.

No período de janeiro a novembro foram abertas 573 lojas, dentre as quais 306 são novas e 267 foram reabertas. Os principais formatos são os supermercados (185) e atacarejos (121).

A Abras destaca que, apesar do aumento no mês, os preços expressivamente caíram de janeiro a outubro (-6,43%) e nos últimos 12 meses (-5,08%). Essa queda foi principalmente influenciada por itens como óleo de soja (-30,94%), feijão (-23,12%), cortes de carne bovina dianteira (-12,61%) e traseira (-12,44%), frango congelado (-9,55%) e leite longa vida (-6,10%). O preço da cesta básica caiu de R$ 754,98 em janeiro para R$ 705,93 em outubro, correspondendo a uma variação de -6,43%.

O valor de uma cesta de 35 produtos de grande consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) teve uma alta de 0,10% em outubro em relação a setembro, segundo a Abras.

As principais altas do mês foram na batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), carne bovina – corte traseiro (1,94%), açúcar refinado (1,88%), tomate (0,97%), extrato de tomate (0,83%), pernil (0,57%). A maior queda foi registrada na cesta de lacticínios, com destaque para o leite longa vida (-5,48%), queijos muçarela e prato (-1,14%), leite em pó (-0,87%) e margarina cremosa (-0,60%). Na cesta de produtos básicos, as principais quedas vieram do feijão (-4,67%), do óleo de soja (-1,77%), do café torrado e moído (-1,23%), da farinha de mandioca (-0,65%), da farinha de trigo (-0,56%).

Entre as proteínas, mantiveram a tendência de queda nos preços os ovos (-2,85%), carne bovina – corte do dianteiro (-0,30%). As altas foram registradas na carne bovina – corte do traseiro (1,94%), pernil (0,57%), frango congelado (0,54%).

Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas no sabonete (-0,78%), xampu (-0,08%) e as altas no papel higiênico (+0,99%) e no creme dental (+0,22%). Em produtos de limpeza, houve recuo em sabão em pó (-1,03%), detergente líquido para louças (-0,42%), água sanitária (-0,04%). As informações são da Agência Brasil.

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