O CDS de 5 anos atingiu o menor patamar desde 2020, marcando 146,12 pontos na terça-feira (21 de novembro de 2023), o menor nível desde o final de 2020. Esse indicador, também conhecido como risco Brasil, demonstra uma redução das incertezas dos investidores internacionais em relação ao desempenho da economia brasileira. Em outras palavras, o CDS funciona como um seguro para operações de crédito no país e é um termômetro para mensurar a confiança dos agentes econômicos estrangeiros no Brasil.
No último lustro, o risco Brasil alcançou seu menor patamar desde dezembro de 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando chegou próximo aos 98 pontos. Entretanto, com a pandemia, o índice subiu drasticamente, atingindo 299 pontos no início de 2020.
A redução do CDS está em linha com a trajetória de queda da taxa básica de juros brasileira, a Selic, que ocorre devido à desaceleração da inflação. As projeções dos analistas indicam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficará dentro da meta estabelecida para 2023, que varia de 1,75% a 4,75%. Além disso, as projeções indicam que a taxa de inflação também estará dentro das metas em 2024, 2025 e 2026.
No que diz respeito às contas públicas, o governo brasileiro terá dificuldades para zerar o déficit primário em 2024, mas a meta fiscal foi mantida. O Ministério da Fazenda revisou para cima as projeções para o rombo deste ano, que agora é estimado em R$ 177,4 bilhões.
No Congresso Nacional, a reforma tributária tem avançado, o que é positivo para os investidores estrangeiros. Além disso, o Brasil projeta um crescimento econômico próximo a 3% neste ano, demonstrando uma continuidade na recuperação da economia do país.
Há um ano, o CDS estava em 257 pontos. Quanto maior o indicador, maior é a percepção de incerteza. Historicamente, esse indicador tem movimentos semelhantes ao do dólar, que encerrou a semana cotado a R$ 4,90, com uma queda de 0,17% na sexta-feira (24 de novembro de 2023).
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