Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-presidente Lula, foi o tema central de uma fervorosa disputa entre os ministros André Mendonça e Alexandre de Moraes, ocorrendo em 14 de setembro. Durante o julgamento do primeiro acusado de participar nos atos golpistas do dia 8 de Janeiro, Mendonça, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, lembrou seu papel em eventos importantes, como o 7 de Setembro e expressou sua confusão sobre como a invasão do Palácio do Planalto aconteceu.
Moraes interviu, ressaltando que a Polícia Militar do Distrito Federal foi omissa durante o dia 8 de Janeiro. Ele também afirmou que ambos, ele e Mendonça, como ex-ministros da Justiça, sabiam que a Força Nacional não poderia ser utilizada sem autorização do governo do Distrito Federal, defendendo o princípio federativo. Moraes criticou Mendonça por insinuar que a culpa do 8 de Janeiro era do ministro da Justiça, o que gerou um acalorado diálogo entre ambos.
Em declarações formais dos juízes do STF sobre a nomeação de Flávio Dino para a Corte e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República, André Mendonça não foi mencionado. No entanto, Kassio Nunes Marques, também indicado ao Supremo por Bolsonaro, elogiou a escolha de Dino, enfatizando que Dino trará novas perspectivas ao Tribunal para o enfrentamento de questões significativas para a sociedade em decorrência de sua extensa trajetória profissional
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