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Ex-ministro da Justiça é poupado, mas CPI solicita indiciamento do antigo assistente da Secretaria de Segurança Pública

O relator da CPI decide não pedir o indiciamento de Anderson Torres, porém solicita o indiciamento de um membro que foi nomeado pelo ex-ministro no início deste ano

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, não foi incluído nos pedidos de indiciamento feitos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). A leitura do relatório ocorrerá na quarta-feira (29/11).

A apesar de Torres ter sido identificado como um dos principais responsáveis pelo ocorrido em 8 de janeiro, sua ausência na lista de indiciamentos era esperada, uma vez que ele estava nos Estados Unidos na data dos eventos. Contudo, Fernando de Sousa Oliveira, quem Torres havia nomeado como seu assistente no início de janeiro, foi considerado responsável por Hermeto (MDB).

Junto a Oliveira, o relatório também solicita o indiciamento da subsecretária de operações da SSP, Cintia Queiroz, levando em consideração a participação de ambos numa reunião na sede da SSP, véspera do 8 de janeiro, com membros da Polícia Federal.

Na reunião, eles foram informados sobre as preocupações da Polícia Federal com a mobilização de pessoas em direção a Brasília. Andrei Passos, diretor-geral na época, expressou suas preocupações, pois a equipe de inteligência havia identificado um movimento com o objetivo de ocupar a Esplanada dos Ministérios e contestar as urnas eletrônicas. A Polícia Federal sugeriu o isolamento da Esplanada, mas a sugestão não foi seguida pelo secretário-executivo.

Oliveira chegou a testemunhar na CPI, porém não mencionou em nenhum momento a reunião com a cúpula da Polícia Federal. Ele foi um dos primeiros a depor e declarou que apenas seguiu o que estava estabelecido no Protocolo de Ações Integradas (PAI) de 6 de janeiro.

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