O TRT-SC decidiu afastar temporariamente a juíza Kismara Brustolin de realizar novas audiências, após a circulação de vídeos mostrando a magistrada gritando com uma testemunha durante uma sessão judicial. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina cobrou providências através de um ofício encaminhado à presidência do tribunal. Apesar da suspensão, a juíza ainda poderá proferir sentenças e despachos pendentes.
Em um dos trechos do vídeo, que capturou a audiência do dia 14 de novembro, a juíza repreende a testemunha, exige ser chamada de 'Excelência' e interrompe várias vezes o depoimento do homem. Ela ainda ameaça desconsiderar o testemunho, alegando falta de educação e respeito por parte da testemunha.
A Corregedoria do TRT-SC, em resposta, irá instaurar um processo de investigação das suspeitas de conduta irregular da juíza. A suspensão deverá perdurar até a conclusão deste procedimento ou até a constatação de incapacidade da juíza que levaria ao seu afastamento por motivos médicos.
A OAB-SC fez declarações de que irá acompanhar e investigar o caso. Em nota, a presidente da seccional, Cláudia Prudêncio, afirmou: 'Nós, advogados e advogadas, partes e testemunhas devemos ser respeitados em todas as hipóteses e circunstâncias, sem elevação de tom, falas agressivas ou qualquer outro ato que viole nossas prerrogativas e nosso exercício da profissão'.
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