O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciará nesta segunda-feira (27) sua primeira viagem internacional desde que passou por uma cirurgia no quadril há dois meses. Lula visitará três países do Oriente Médio e a Alemanha. O objetivo principal do presidente é participar da Conferência do Clima das Nações Unidas (ONU), a COP 28, que será realizada nos Emirados Árabes.
Lula foi submetido a duas cirurgias, uma nas pálpebras e outra no quadril, em Brasília, no dia 29 de setembro. A cirurgia no quadril tinha como finalidade tratar uma artrose, e colocou uma prótese no encaixe com o fêmur direito.
Agora totalmente recuperado, o presidente está pronto para retomar sua agenda internacional. O primeiro destino será Riade, na Arábia Saudita. Em seguida, Lula seguirá para Doha, no Catar. Durante a viagem, ele terá encontros com governantes, empresários e participará de eventos empresariais.
Uma das principais metas do presidente é atrair investimentos dos países do Golfo Pérsico para obras de infraestrutura do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lula também aproveitará a viagem para discutir a situação no Oriente Médio, incluindo a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, com o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani.
Além disso, Lula participará da 28ª Conferência do Clima, a COP, que será realizada em Dubai. O presidente tem interesse em atrair investimentos na área de preservação ambiental e transição energética para o Brasil. Ele pretende mostrar ao mundo que o país é um porto seguro para quem deseja utilizar energia verde.
O governo brasileiro também trabalha para apresentar na COP 28 um novo mecanismo de captação de recursos para financiar a preservação em países com florestas. Além disso, o Brasil pretende apresentar uma meta mais ambiciosa de redução das emissões de efeito estufa até 2030, em relação às emissões de 2005.
Lula participará da COP 28 como presidente temporal do G20 e criará uma força-tarefa para alinhar ações de combate às mudanças climáticas. Durante a viagem, também serão discutidas as negociações para a revisão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
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