Nikki Haley está emergindo como uma nova candidata ao partido Republicano, como uma nova opção além de Donald Trump. Filha de imigrantes da Índia, a ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas vem chamando a atenção por sua performance consistente nos debates políticos. Nesta terça-feira (28), Haley conquistou o apoio dos influentes irmãos Koch.
De acordo com um comunicado público da rede Americanos pela Prosperidade (AFP), ligada aos bilionários americanos, os políticos do passado não podem mais consertar os problemas de hoje. A instituição vê em Haley um vislumbre de uma nova geração de líderes, oferecendo uma visão audaciosa e positiva para o futuro.
A AFP, que gasta milhões apoiando conservadores, até então nunca havia se envolvido em uma primária republicana. Haley acabou se beneficiando com esse inédito movimento, que traz recursos vitais para sua campanha. Além do financeiro, a validação da instituição ainda adiciona à sua candidatura um exército de simpatizantes espalhados pelo país e o acesso aos registros de milhões de eleitores.
Os assessores de Ron DeSantis, que costumava ser visto como a principal alternativa a Trump, ficaram descontentes com o anúncio. Andrew Romeo, porta-voz de DeSantis, disse que cada dólar gasto na campanha de Haley seria, na prática, um apoio à campanha de Trump.
Haley colheu resultados consideráveis e superou Ron DeSantis nas pesquisas preliminares de Iowa e em New Hampshire, onde ocorrem as primeiras votações. Isso tranquilizou os membros do partido que são contrários a Trump. Apesar dessa consequência, a campanha do ex-presidente atacou a escolha da AFP proclamando Haley como uma candidata globalista.
Com a nova candidata, os republicanos esperam um novo perfil de liderança que é simultaneamente conservador e moderado. E ela parece estar caminhando nessa direção, assumindo-se como pró-vida e admitindo que existe uma crise climática. Além disso, Haley é jovem, tem 51 anos, e é casada com um militar, com quem tem dois filhos.
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