ECONOMIA MUNDO

Perfil de Luis Caputo, o futuro ministro da Economia da Argentina escolhido por Milei

Luis Caputo, que já teve passagens por setor privado e serviu como secretário de Finanças e presidente do Banco Central no governo de Mauricio Macri, será o novo ministro da Economia anunciado pelo presidente eleito da Argentina, Javier Milei.

Na última quarta-feira (29), o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou o nome de Luis Caputo, ex-secretário de Finanças e ex-presidente do Banco Central durante o governo do neoliberal Maurício Macri, como o novo Ministro da Economia do país a partir de 10 de dezembro.

Informalmente conhecido como 'Toto', Caputo é um especialista em finanças e já trabalhou em bancos privados dos Estados Unidos. Ele terá a tarefa de definir e implementar os planos para estabilizar uma economia em crise, caracterizada por inflação mensal de dois dígitos, desvalorização da moeda, falta de reservas em dólares, endividamento interno e externo e aumento da pobreza.

Em seu histórico, Caputo tem ligação com as instituições financeiras JP Morgan e Deutsche Bank, onde ocupou posições de liderança na América Latina. Sua experiência no setor público teve início durante o governo Macri, quando foi nomeado secretário de Finanças. Em uma tentativa de combater a inflação e o déficit fiscal, Caputo buscou financiamento junto a órgãos internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional.

Na presidência do Banco Central, tentou implementar um sistema de fuga de divisas através de leilões de dólares a taxas abaixo do mercado. Esta estratégia, no entanto, resultou em uma maior desvalorização do peso argentino, agravando os problemas econômicos já existentes.

Uma das principais tarefas iniciais de Caputo será lidar com o problema das 'Leliqs'. Estes representam um tipo de título contraído pelo Banco Central para um período curto, disponível apenas para bancos, criado durante o governo Macri com o objetivo de reduzir a pressão inflacionária.

No entanto, a dívida resultante das 'Leliqs' chegou a representar cerca de 10% do PIB argentino durante o governo Alberto Fernández, quase o dobro das reservas internacionais do país. Milei acredita que o 'problema das Leliqs' precisará ser resolvido até o final do primeiro semestre de 2024 para evitar uma hiperinflação e estabilizar a economia.

Deixe um Comentário!

Para comentar, faça Login, clicando aqui.