O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta sexta-feira que o presidente Lula (PT) jamais pediu que a estatal baixasse ou aumentasse os preços dos combustíveis nas refinarias. A declaração foi concedida a jornalistas durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro sobre o plano estratégico da Petrobras para os próximos cinco anos.
“O presidente jamais me pediu para baixar, aumentar ou segurar o preço do combustível. Ele sabe que há um rito para isso. Há um procedimento para dar ordem à empresa. Existe um fórum e uma forma certa de fazer isso. E ele jamais infringiu isso“, pontuou.
As especulações sobre uma possível cobrança pela queda no preço dos combustíveis ganharam tração após duas reuniões entre Lula e Prates, ocorridas no Palácio do Planalto nesta semana.
Prates destacou que os encontros foram solicitados por ele e tinham como objetivo a apresentação do “conceito do plano estratégico”, aprovado pelo Conselho de Administração e divulgado ao mercado financeiro na quinta-feira. Disse também que o petista não teve acesso ao detalhamento do projeto e só opiniou sobre os “aspectos gerais”.
Uma declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), também ampliou os rumores em torno do tema. Em entrevista à GloboNews, Silveira prometeu dar um “puxão de orelhas” e acionar a Petrobras para reduzir os preços dos derivados nas refinarias.
“É importante, respeitando a governança da Petrobras, respeitando a sua natureza jurídica. Mas já está na hora de puxarmos a orelha de novo da Petrobras, para que ela volte à mesa e possa colocar com clareza”, disse o ministro.
Prates também voltou a afirmar que, em nenhum momento, se sentiu ameaçado no cargo, após circularem notícias de que sua permanência à frente da Petrobras estaria sob risco. Conforme pontuou, o presidente Lula tem todo o direito, como qualquer cidadão, de questionar sobre os preços dos combustíveis.
O Plano Estratégico da Petrobras 2024-2028 prevê 102 bilhões de dólares em investimentos. O montante é 31% superior ao do plano passado, aprovado no final do governo Jair Bolsonaro (PL), que previa 78 bilhões em 5 anos. O planejamento, informou a estatal em nota, visa preparar a empresa para o futuro e inicia um processo de integração de fontes para a transição energética.
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