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Presidente Lula indica Paulo Gonet Branco para o comando da PGR

Paulo Gustavo Gonet Branco, vice-procurador-Geral Eleitoral, foi indicado pelo presidente Lula para assumir o cargo de procurador-geral da República, posto que Augusto Aras deixou em setembro. Ele deve ocupar a posição por dois anos.

Na segunda-feira (27 de novembro de 2023), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que Paulo Gustavo Gonet Branco, vice-procurador-geral Eleitoral, será seu indicado para liderar a PGR (Procuradoria Geral da República). A nomeação acontece após um intervalo de 62 dias sem um procurador oficial, um período recorde desde a redemocratização do Brasil.

Gonet Branco tem 62 anos, é doutor em direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em direitos humanos pela Universidade de Essex, na Inglaterra. Junto com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ele fundou o Instituto Brasiliense de Direito Público, hoje conhecido como IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), localizado em Brasília.

Além de ser o atual procurador-geral eleitoral interino, Gonet Branco já atuou como vice-procurador-geral eleitoral e subprocurador-geral da República. Ao longo de sua carreira, ele já se opôs à cassação da chapa de Bolsonaro e seu então vice-presidente, Hamilton Mourão, e defendeu Lula contra acusações de infração por chamar Bolsonaro de “genocida”. No entanto, também contestou e solicitou rejeição das contas da campanha do PT em 2018 por irregularidades.

Conhecido por ser “ultracatólico”, Gonet Branco enfrentou críticas de setores da esquerda por sua fé. Segundo o portal de notícias Metrópoles, tanto ele como o presidente Lula discutiram essa questão em uma reunião no Palácio do Planalto, onde Gonet Branco enfatizou que tentativas de descredenciá-lo por ser “muito religioso” eram injustas.

Augusto Aras deixou o cargo de procurador-geral da República em 26 de setembro, e a subprocuradora-geral Elizeta Ramos assumiu o posto de maneira interina. O período até a indicação de um substituto foi dez vezes maior do que o recorde anterior, quando a presidente Dilma Rousseff levou quatro dias para indicar Rodrigo Janot após o término do mandato de Roberto Gurgel.

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