A Receita Federal divulgou nesta segunda-feira (27) que a arrecadação de impostos, contribuições e outras receitas federais teve um aumento real (descontada a inflação) de 0,1% em outubro de 2023, atingindo R$ 215,6 bilhões. Este aumento interrompeu uma sequência de quatro meses de queda na arrecadação federal.
No entanto, nos dez primeiros meses do ano a arrecadação apresentou queda de 0,68% em relação ao mesmo período de 2022. Entre janeiro e setembro, a Receita Federal arrecadou R$ 1,9 trilhão. Corrigidos pelo IPCA, os valores de 2023 são de R$ 1,92 trilhão, contra R$ 1,94 trilhão no mesmo período de 2022.
As informações chegam em meio a discussões no Congresso Nacional sobre medidas propostas pelo governo federal para aumentar as receitas no orçamento de 2024, com o objetivo de zerar o déficit público. Entre as medidas, estão o aumento da tributação sobre combustíveis, mudanças no Carf, a taxação de fundos exclusivos e a regulamentação do fim de benefícios dados por empresas para custeio.
O governo precisa de mais R$ 168 bilhões para equilibrar as contas em 2024. Mas, se a arrecadação continuar em queda, a meta de déficit zero para 2024 poderá ser comprometida. Diante do desempenho da arrecadação em 2023, a equipe econômica revisou a projeção do rombo das contas do governo para R$ 177,4 bilhões.
Especialistas ouvidos pelo g1 recomendam que, além de buscar o aumento da receita, a equipe econômica também deve buscar a redução de gastos.
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