A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, situada na Câmara Legislativa (CLDF), elaborou um relatório alternativo por intermédio do deputado Fábio Felix (PSol) no qual estão incluídos o indiciamento de importantes membros do governo Jair Bolsonaro, incluindo o próprio ex-presidente.
Além de Bolsonaro, estão na lista de indiciamento o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o general Augusto Heleno, ex-GSI e todos os PMs que foram presos e alvos da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os crimes citados incluem associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
A probabilidade do relatório conseguir aprovação na CLDF, em sessão que tem início previsto a às 9h, é considerada baixa, uma vez que a oposição é minoritária, com apenas dois representantes. Para que o relatório alternativo seja aprovado, necessita de pelo menos quatro votos, indicando que as posições de alguns deputados principais da CPI serão fundamentais para definir os caminhos da comissão.
O relatório do deputado Hermento (MDB) será apresentado nesta quarta-feira (29/11) após mais de nove meses e 32 depoimentos. O relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos propõe o indiciamento do general Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, ex-chefe do GSI. No entanto, não há nenhum coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) entre os indiciados pelo deputado Hermeto. Esse fato não foi bem aceito entre membros da oposição, que já sabem que Hermeto não pretende indiciar ninguém que a CPI não tenha ouvido.
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