Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Pólis, 70% dos brasileiros já vivenciaram eventos climáticos extremos. A pesquisa foi feita de forma presencial em todas as regiões do Brasil entre os dias 22 e 26 de julho.
Os eventos mais relatados foram as chuvas fortes (20%), seca e falta de água (20%), alagamentos, inundações e enchentes (18%). Ocorrências relacionadas a muito ou pouca água foram as mais citadas. Temperaturas extremas, apagões de energia, ciclones e tempestades de vento, e queimadas e incêndios também foram mencionados.
Quase todos (98%) dos 2000 entrevistados expressaram preocupação com a possibilidade de um novo evento de grande magnitude ocorrer. A seca e a falta de água são as situais que mais geram preocupação (34%), seguidas por alagamentos, inundações e enchentes (23%), queimadas e incêndios (18%), chuvas fortes (17%), temperaturas extremas (16%), deslizamentos de terra (14%), escassez de alimentos e fome (14%), ciclones e tempestades de vento (13%), e novas pandemias sanitárias (13%).
A pesquisa também evidenciou que algumas situações são mais preocupantes para determinadas classes sociais e regiões. Na Região Sul, por exemplo, os ciclones e tempestades de vento preocupam mais do que a média nacional (29% frente à média nacional, de 13%).
Em relação à energia, 84% dos entrevistados apoiam investimentos em fontes renováveis, e 73% atribuem a piora da crise climática ao petróleo. O carvão mineral e o gás fóssil foram citados por 72% e 67%, respectivamente.
O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, reforça que os dados da pesquisa sugerem que o custo político das autoridades que insistem em apostar em fontes não renováveis tende a aumentar. Ele afirma: “os números mostram que os brasileiros querem investimento prioritário em fontes renováveis e entendem essa decisão como fundamental para o combate às mudanças climáticas”.
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