Quando nos aproximamos do final de um ano marcado por vitórias e contratempos, tendemos a seguir o ritual de fazer um balanço dos eventos ocorridos. Uma visão da situação na Argentina traz um sentimento de alívio pelo que superamos e pelo que estamos passando atualmente.
Porém, nos aproximamos do dia 8 de Janeiro, uma memória terrível da invasão bárbara dos Três poderes, na tentativa errada de um golpe de estado liderado por Jair Bolsonaro. Apoiadores desse sujeito, alarmados com a dimensão da catástrofe em termos de dignidade nacional, tentaram redesenhar o ocorrido, alegando que se tratava de agentes infiltrados do governo tentando desgastá-lo.
Nenhum dado sustentou essa acusação, e o Tribunal Superior Eleitoral, com o apoio de Alexandre de Moraes e demais ministros do Supremo, estão julgando os infratores de acordo com a lei. É preciso admitir, todavia, a presença de uma oposição no Congresso Nacional, que muitas vezes se mostra irresponsável e aguda, sempre à espreita para desacreditar o governo a qualquer custo.
Durante a apresentação da reforma tributária na presença do Presidente da República, um grupo de opositores apareceu em fotos gritando e vaiando, enquanto outros, ao contrário, aplaudiram e homenagearam a figura do líder importante.
Todavia, cabe reconhecer que alguns abusos ocorreram, como o tapão no deputado Messias Donato que, agora, se queixa disso em plenário. Políticos não devem agredir uns aos outros, mas também não é aceitável tentar tirar à força o telefone celular de outro. No final das contas, todo mundo errou e o mundo continua girando.
Quando a memória volta, fica claro que algo deve ser feito. Se vivemos em uma democracia e pretendemos mantê-la, essa data não pode se repetir!
Majoritariamente, anseia-se que os nostálgicos, cada vez mais isolados, e por mais que gritem, esbarrem na inevitável realidade histórica. A população está disposta a resistir e lutar por uma sociedade justa. Ainda que o caminho do aprendizado pareça impossível, sabemos que a humanidade se refaz e se reorganiza através da experiência.
Lula compreende a importância da história e a respeita. Nesse sentido, é prometido um momento de reflexão. Espera-se que os poderes voltem a cumprir seus deveres.
Para aqueles que sonhavam com a queda do governo atual, está na hora de acordar. O país está cansado das barbáries. Medidas de amplo caráter social são valorizadas pelos fortunas e mais pobres, pois possibilitam a libertação da miséria. É isso que devemos nos lembrar para as futuras gerações. A tão sonhada república se constrói assim.
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