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A Guerra Fria 2.0 e o Brasil: Como nossos líderes estão reagindo à batalha econômica entre EUA e China?

A conceituada economista Alessandra Ribeiro, pertencente à Tendências Consultoria, observa atentamente e pondera sobre o posicionamento do Brasil frente à intensa 'guerra comercial' desencadeada entre as duas maiores economias do mundo.

A dominância global de longa data dos Estados Unidos está aos poucos cedendo terreno, dando espaço para que a China surja como uma potência desafiadora capaz de inaugurar uma 'nova ordem mundial' nas complexas engrenagens da geopolítica. Foi o que Alessandra Ribeiro, economista e sócia-diretora da Tendências Consultoria, discutiu durante um evento recente intitulado CB Debate - Desafios 2024: O Brasil no Caminho do Crescimento Sustentado.

Em suas palavras, 'A China é agora o nosso principal parceiro comercial em termos de significância. Mas os EUA são o terceiro. Portanto, estamos diante de uma situação bastante delicada quanto ao modo como nosso governo escolherá se posicionar frente a esta nova ordem mundial'. A incerteza paira sobre não apenas o atual governo, mas os futuros também.

Embora uma parceria mais estreita com os EUA possa beneficiá-los, Ribeiro observa que as relações comerciais entre Brasil e China já ultrapassaram as relações com os americanos em termos econômicos. Nesse panorama, o México desponta positivamente, mas a economista acredita que o Brasil também pode se beneficiar desta nova configuração.

A economista projetou que, até o fim de 2023, a economia dos EUA deverá crescer cerca de 2,5%, enquanto a China deverá registrar um crescimento de aproximadamente 5%. Ambos os países ainda estão trabalhando para estabilizar suas taxas de juros.

Segundo Alessandra, 'A grande questão agora é: quando começará a flexibilização? Ainda em nossa avaliação, as políticas monetárias contracionistas que foram implementadas terão efeitos diretos na atividade econômica global, especialmente nos próximos meses, levando em consideração a primeira metade de 2024.'

Ao examinar o cenário econômico global, Alessandra percebe boas surpresas no campo do crescimento econômico. Isso, somado a uma desaceleração da inflação nas grandes economias, tem colaborado para a queda dos preços das commodities e normalização nas cadeias globais de produção, bem como influenciando as políticas monetárias dessas nações.

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