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A trajetória sombria de Neymar: O ano de 2023 termina em baixa para o astro

Desejamos que se recupere e retome o caminho do sucesso - e que todas as palavras aqui transcritas possam ser apagadas

Existe uma maneira de avaliar a grandiosidade histórica dos grandes nomes do futebol brasileiro — e essa medição é feita a partir das lembranças, que, embora distorcidas, são a parte mais prazerosa de ser um fã de futebol. Vamos jogar: lembre-se de um ou dois momentos desses grandes atletas vestindo a camisa amarela da seleção brasileira. Pelé, o Rei, é lembrado não apenas por seus gols surreais — alguns podem lembrar de cabeçada contra Gordon Banks, que não marcou, ou da dança com a bola diante do goleiro uruguaio Mazurkiewicz, que também não resultou em gol. Zico? Muitos vão lembrar do pênalti desperdiçado contra a França, em 1986 — mas e o incrível gol de voleio contra a Nova Zelândia, em 1982? Romário possui uma Copa do Mundo inteira, a de 1994, para chamar de sua. Ronaldo Fenômeno tem a dupla de gols na final contra a Alemanha, em 2002. Ronaldinho Gaúcho tem aquela bola voadora que encobriu David Seaman, da Inglaterra.

E Neymar? Neymar, Neymar… Se nós formos generosos, podemos citar o segundo gol com o pé esquerdo na final da Copa das Confederações de 2013 ou talvez o gol inexpressivo contra a Croácia, no Qatar. É muito pouco. Ao vestir a amarelinha — a métrica que escolhemos aqui —, o jogador que nasceu para ser Pelé e nunca alcançou esse patamar, se desempenhou muito abaixo do esperado. Ele não passa no teste. Neymar talvez tenha desperdiçado uma carreira que poderia ter sido incomparável. Escolheu a fama das redes sociais, a lealdade aos amigos e as confusões constantes ao invés da glória nos campos de futebol. Fez escolhas erradas e atualmente está na reclusão da Arábia Saudita. É um enorme talento, sem dúvida. Porém, ele precisa se reinventar. Em 2023, infelizmente, encerrou o ano de maneira amarga. Sofreu um rompimento do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo na derrota contra o Uruguai — lesões que devem mantê-lo fora dos campos por mais de seis meses. É um retrato melancólico de uma carreira mais próxima do fim do que do início, aos 31 anos, e a recuperação nessa idade é sempre mais complexa. Ronaldo, quando estourou a patela, tinha 23 anos. Voltou aos campos, brilhou e venceu a Copa de 2002. Esperamos que Neymar se recupere e retorne em grande estilo — e que tudo o que foi escrito aqui seja descartado.

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