A ambulância que colidiu com uma carreta, resultando na morte do motorista, uma médica, enfermeira, uma gestante de sete meses e seu cônjuge, não deveria estar nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O trágico acidente ocorreu na quinta-feira (21), no quilômetro 736 da BR-040, em Santos Dumont. A ambulância voltava de Belo Horizonte para Juiz de Fora quando mudou inadvertidamente de pistas e colidiu com a carreta, que tinha a placa registrada em Conselheiro Lafaiete.
O policial rodoviário federal Junie Penna explicou que nenhum veículo que não esteja devidamente licenciado pode estar em circulação. Para estar em conformidade com a lei, o veículo precisa ter todas as taxas, multas e restrições pagas. Infelizmente, a ambulância em questão tinha seu licenciamento vencido desde 2021 e, portanto, estava trafegando de maneira irregular.
Foi verificado que a ambulância acidentada foi multada várias vezes por má conservação do veículo, excesso de velocidade e até mesmo por ser dirigida sem o cursos específicos necessários. De acordo com as investigações, o veículo já havia recebido pelo menos cinco notificações somente em 2023.
No dia da tragédia, o motorista alertou a um parente sobre as precárias condições da ambulância durante a viagem. Ele mencionou que a médica Daniela Moraes Miranda Reis, de 30 anos, também estava descontente com o estado do veículo.
De acordo com um ex-funcionário da Guardiões Resgate, a empresa responsável pela ambulância, o veículo raramente passava por manutenção, mesmo com viagens consecutivas.
A direção da Guardiões Resgate preferiu não se pronunciar até o término das investigações oficiais.
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