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Aumento na cobertura de vacinas para crianças ganha destaque em 2023

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está iniciando um processo de reversão na queda das coberturas vacinais que se estende desde 2016.

Em 2023, o Brasil aumentou a cobertura de oito vacinas recomendadas para crianças de um ano de idade, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (19) pelo Ministério da Saúde.

As vacinas que observaram um aumento na aplicação de doses incluem a vacina contra a hepatite A, a poliomielite, a pneumocócica, a meningocócica, a DTP (difteria, tétano e coqueluche) e a tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola) e a vacina contra febre amarela, indicada para crianças de nove meses. Esses dados são referentes às doses aplicadas de janeiro a outubro desse ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

De acordo com o levantamento, 26 estados apresentaram um aumento em vacinas como a pneumocócica, poliomielite e tríplice viral (1ª dose). 24 estados também registraram um aumento na aplicação da vacina contra a hepatite A, meningocócica e tríplice viral (2ª dose). Todos os estados e o Distrito Federal apresentaram um aumento na vacinação contra febre amarela e DTP. Os percentuais variam entre 61,6% da tríplice viral (2ª dose) a 85,6% da tríplice viral (1ª dose).

Contudo, a única vacina recomendada para essa faixa etária que não teve aumento na busca foi a vacina contra varicela. Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), esclareceu que este declínio ocorreu devido a um problema de segurança com o maior fornecedor mundial, interrompendo o abastecimento no segundo semestre de 2023.

“Não foi possível encontrar no mercado um substituto para essa interrupção temporária”, explicou Gatti.

Segundo a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, esses resultados indicam um movimento inicial para reverter a tendência de queda na cobertura da vacinação que vem ocorrendo desde 2016. Este progresso é atribuído às ações regionais e à disponibilidade de recursos adicionais.

A Ministra Trindade também enfatizou as medidas mais efetivas para reduzir a mortalidade infantil e aumentar a expectativa de vida: “a despeito do negacionismo, o governo não vai abrir mão da defesa da vida e da defesa da vacinação”, afirmou.

Conforme o relatório, um terço dos municípios atingiu a meta de 95% de cobertura de imunização infantil. Além disso, a aplicação da vacina contra o HPV aumentou em 30%, contrariando a tendência de queda desde o início da sua disponibilização pelo SUS em 2014.

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