O Itamaraty deixou a OCDE fora da lista de entidades que irão colaborar com a presidência brasileira do G20 em 2024. A lista menciona 12 organizações no plano de trabalho, incluindo o NDB, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Vale ressaltar que o NDB anteriormente não foi incluído em planos ou documentos de presidências anteriores do G20, até mesmo durante a liderança da Índia, que é um dos países fundadores dos Brics.
No documento brasileiro, a OCDE é mencionada como organização que pode contribuir para atividades de grupos específicos em um parágrafo adicional. No entanto, em presidências anteriores do G20, a OCDE foi considerada fundamental, enquanto o NDB foi deixado de fora.
O motivo da redução do status da OCDE no documento não foi esclarecido pelo Itamaraty, apesar de questionados. Não houve resposta até o momento.
O presidente Lula demonstrou descontentamento com a OCDE durante uma live na segunda-feira (18.dez), criticando a previsão de crescimento do PIB do Brasil para 2024 projetada pela organização. De acordo com a OCDE, a economia brasileira deve crescer 1,8% em 2024, perspectiva que parece otimista quando comparada às estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), que projeta alta de 1,5% para o PIB brasileiro no mesmo ano.
A posição do Brasil em relação à OCDE enviada pela diplomacia brasileira não trouxe benefícios ao país. Pelo contrário, pode acarretar em prejuízos significativos. Segundo pessoas com altos cargos na OCDE, existe um grande descontentamento com o que consideram uma postura de desdém do governo Lula.
O processo de adesão do Brasil à OCDE começou em 2022, durante o governo de Bolsonaro. O atual governo, entretanto, não tem mostrado interesse em continuar o processo, embora não tenha declarado abertamente sua postura em relação à questão.
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