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Bolsonarista Renato Cariani teria abastecido o PCC com produtos químicos, revela a Polícia Federal

O influenciador bolsonarista deverá enfrentar acusações de tráfico equiparado e associação para a produção de drogas, além de lavagem de dinheiro.

Renato Cariani, um influenciador pró-Bolsonaro de 47 anos, é acusado pela Polícia Federal de ter participado de um esquema de desvio de produtos químicos que beneficiava o PCC, uma conhecida facção criminosa responsável pelo tráfico de drogas internacional.

Foi detalhado que o vínculo entre Cariani e o PCC seria Fábio Spinola Mota, identificado como membro da facção. Mota foi detido no início do ano pela Operação Downfall, ação coordenada pela PF do Pará, que investigou um esquema abrangente de tráfico de drogas interestadual e internacional.

Como parte desta investigação, foram realizadas várias prisões, ocorreu a apreensão de cerca de 5,2 toneladas de cocaína e um valor estimado de R$ 1 bilhão em bens foi bloqueado.

Mota e Cariani, juntamente com Roseli Dorth - sócia do influenciador na empresa Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., localizada em Diadema - foram alvos da Operação Hinsberg, conduzida pela PF de São Paulo.

Investigadores acreditam que parte dos produtos químicos adquiridos legalmente pela Anidrol, cuja venda é rigidamente controlada pela PF, era posteriormente desviada para a produção de cocaína e crack. Para dar a impressão de legalidade, emitiam-se notas fiscais falsas e realizavam-se depósitos bancários usando 'laranjas', tudo sob a falsa bandeira da multinacional AstraZeneca.

A investigação teve início quando a Receita Federal identificou um depósito de R$ 212 mil, supostamente realizado pela AstraZeneca. A multinacional negou qualquer envolvimento nesta transação e qualquer relação com a empresa de Cariani.

Durante a análise das trocas de mensagens de Cariani, foi identificado um contato com um suposto funcionário da AstraZeneca, Augusto Guerra. No entanto, investigações adicionais revelaram que seria Mota, amigo de Cariani, quem havia registrado um domínio de internet em nome da AstraZeneca e criado um endereço de e-mail falso para o 'funcionário'.

Espera-se que Cariani e os demais suspeitos sejam formalmente acusados de tráfico equiparado, associação criminosa para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão enfrentar mais de 35 anos de prisão.

Cariani, por outro lado, manifestou-se sobre as alegações nas redes sociais, expressando surpresa e tranquilidade. 'Pela manhã fui surpreendido pelo cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei. Os meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver o processo e aí sim eu vou entender o que consta nessa investigação', declarou.

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