Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, contribuiu com um artigo para uma nova edição da Revista Juca, publicação anual feita pelos estudantes do Instituto Rio Branco, importante formador de diplomatas brasileiros. Esta revista, que teve sua última edição publicada em 2018, contando com uma reportagem sobre os '30 anos da Constituição Cidadã', foi vetada por Jair Bolsonaro (PL) a partir de 2019 por medo de críticas à sua política de relações exteriores, dirigida por Ernesto Araújo.
Curiosamente, enquanto a Revista Juca era censurada, Araújo assinou o canal Terça Livre, controlado por Allan dos Santos e conhecido pela disseminação de discursos de ódio e fake news. O Itamaraty gastou R$ 15.309,00 com uma empresa de assinaturas de revistas e jornais para conseguir acesso ao canal Terça Livre. Além disso, o órgão também assinou o canal Brasil Sem Medo e a Revista Estudos Nacionais, produtos de influenciadores leais a Olavo de Carvalho, e a Revista Oeste, onde trabalham extremistas que foram expulsos da Jovem Pan.
Em seu artigo, Mauro Vieira declara que a Revista Juca está de volta após uma interrupção de quatro anos, entre 2019 e 2022. 'Unindo seis turmas, a revista vem à luz após quatro anos de hiato, entre 2019 e 2022, e surge não somente como uma voz de resistência aos cerceamentos enfrentados e um suspiro de resiliência às dificuldades vividas, mas também um clamor de retomada da política externa', expressou o chanceler.
Mauro Vieira fez questão de agradecer aos autores do periódico e encerrou com uma poderosa mensagem: 'aos leitores e demais colegas, lembro que o projeto do autoritarismo são as sombras e o silêncio, enquanto a nobreza da democracia são as luzes e o debate de ideias'.
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