Os resíduos provenientes de itens que possuem fios ou funcionam à base de pilhas e baterias, se tratados corretamente, estão longe de serem considerados meros lixos. Na realidade, são elementos fundamentais para cooperativas como a de São Paulo, que realiza um trabalho sério de separação de tais materiais com intuito de reaproveitamento.
Além do viés ecológico, essa atividade apresenta benefícios econômicos, pois demanda profissionais especializados e gera renda para os integrantes da cooperativa. Considerando o potencial de reciclagem, muitas oportunidades estão sendo deixadas de lado. A cooperativa, mesmo tendo reciclado 630 toneladas de equipamentos neste ano, ainda opera apenas com metade de sua capacidade total.
Em contraste, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, através de uma iniciativa sem fins lucrativos, conseguiu reciclar quase 3 mil toneladas de resíduos eletrônicos nos primeiros onze meses de 2023. Contudo, ainda assim, o esforço parece pequeno, já que estima-se que o Brasil recicle apenas 3% do total de lixo eletrônico que produz.
Frente a este desafio, há pelo país cerca de 10 mil locais de coleta de eletroeletrônicos, um esforço ímpar, mas ainda muito abaixo do necessário. Para viabilizar uma estrutura mais adequada e regras mais claras para o descarte e tratamento deste tipo de lixo, o Ministério do Meio Ambiente criou um grupo de trabalho em outubro.
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