Uma onda de calor avassaladora é esperada para atingir grande parte do Brasil a partir desta quinta-feira (14), com temperaturas que podem ultrapassar os 40 graus Celsius (°C). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o forte calor será sentido principalmente no Centro-Oeste, Sudeste e em partes das regiões Norte e Nordeste, especificamente nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia, além do interior de São Paulo. Essas condições climáticas extremas devem persistir até o próximo domingo (16).
Diante deste cenário, o Inmet emitiu um aviso especial na última terça-feira (12), alertando sobre uma onda de calor de nível laranja (perigo). Segundo eles, para ser classificado como onda de calor, a temperatura do dia deve estar 5 graus acima da média normal do local por um período de 3 a 5 dias consecutivos. O perigo é ainda maior quando este fenômeno se estende por pelo menos 4 dias.
Estas altas temperaturas são causadas por um conjunto de fatores, segundo a meteorologista do Inmet Naiane Araújo. Ela explica: 'Nos próximos dias, a chance de chuva começa a diminuir novamente, principalmente a partir desta quinta-feira, devido a uma massa de ar mais quente e seca. Quando o céu está mais aberto e ensolarado, com ausência de nuvens e de chuva, as temperaturas disparam.'
Além disso, Naiane destaca o El Niño, um fenômeno natural que aquece as águas do Oceano Pacífico, como um fator que contribui para o aumento da temperatura, embora não seja o único motivo. 'O El Niño é um agravante. Quando ele acontece, altera a chuva na área central do Brasil e tem um impacto muito claro no aumento das temperaturas.'
Este calor intenso coloca à saúde pública em risco, podendo causar insolação em diferentes graus, prejudicando principalmente as pessoas mais vulneráveis: idosos, crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas, como problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; além da população em situação de rua. Para se proteger da insolação, o Ministério da Saúde recomenda medidas como hidratação frequente, evitar alimentos pesados e ficar em locais frescos e arejados.
Este fenômeno também aumenta o risco de incêndios e prejuízos à agropecuária. Para os tutores de animais de estimação, especialistas também trazem recomendações: mantenha a água dos animais sempre fresca e disponível; evite passear com os pets em horários de pico de temperatura; observe o comportamento do animal; e se necessário, procure atendimento veterinário.
É importante lembrar que o corpo humano sinaliza quando a temperatura está prejudicialmente alta, e os sinais variam de suor e câimbras (insolação leve) até confusão mental, tonturas e perda da consciência (insolação grave). nestes casos, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) deve ser acionado imediatamente.
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