Flávio Dino, atual Ministro da Justiça, destacou que a resolução total do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco deve ocorrer em breve, uma afirmativa feita durante o seu último balanço de gestão como Ministro da Justiça, que ocorreu na quinta-feira, 21. Dino acredita que o caso tem uma importância simbólica na defesa das mulheres e das mulheres na política. Ele é quem dirige a pasta até o dia 8 de janeiro, segundo indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, uma notícia que rapidamente abalou o Brasil e o mundo. Naquela noite, Marielle, Anderson e Fernanda Chaves, uma assessora, foram emboscados no bairro do Estácio após saírem de um debate no Casa das Pretas, na Lapa. Enquanto Marielle e Anderson foram mortos no local, Fernanda sobreviveu.
À luz de novas suspeitas envolvendo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o inquérito foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro. Brazão foi citado na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, que está preso sob suspeita de participação no assassinato.
Em setembro de 2019, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge solicitou ao STJ que apurasse a possível participação de Brazão no homicídio. Houve uma tentativa de federalizar as investigações, mas esta proposta foi recusada pelos ministros do STJ após a promotora Simone Sibílio, responsável pelo inquérito, argumentar que a investigação já estava em progresso e dependia de quebras telemáticas para resolver o caso.
Após acordo no início do ano, a responsabilidade de desvendar quem mandou assassinar Marielle e Anderson foi dada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e à Polícia Federal (PF).
Deixe um Comentário!