O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, solicitou seu afastamento da liderança do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República. Foi divulgada a dispensa dele no Diário Oficial da União do último dia 18.
A autorização de dispensa veio da mão de Elizeta Ramos, que esteve temporariamente no comando do Ministério Público Federal antes da confirmação de Paulo Gonet. A posse de Gonet ocorreu na manhã do mesmo dia.
Sob a direção de Carlos Frederico Santos, o grupo processou 1.413 pessoas por envolvimento em atos golpistas no dia 8 de janeiro deste ano. Entre os acusados, estão 1.156 instigadores, 248 executores, 8 agentes públicos e um financiador.
No dia 14 de dezembro, Santos levou a primeira denúncia no inquérito que investiga os financiadores desses ataques. A acusação recaiu sobre um residente de Londrina (PR), que foi apontado como responsável por cinco crimes. Ele é acusado de oferecer apoio material e moral ao grupo que promoveu invasões nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
As penas somadas ultrapassam os 30 anos de cadeia. O subprocurador-geral ressaltou na denúncia que o vandalismo causou um rombo nos cofres públicos de pelo menos 3,5 milhões de reais no Senado, 2,7 milhões na Câmara dos Deputados, 9 milhões no Palácio do Planalto (somente relacionado a obras de arte) e 11,4 milhões no Supremo Tribunal Federal. Além disso, a PGR destaca que houve danos irreparáveis a patrimônios históricos.
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