A ministra Cida Gonçalves, responsável pela pasta das Mulheres, foi pressionada a dar explicações sobre a definição de 'mulher' adotada pelo ministério. A convocação veio da deputada Julia Zanatta (PL-SC) e Franciane Bayer (Republicanos-RS), ambas apoiadoras do controverso ex-presidente Jair Bolsonaro. Elas questionam o que chamam de 'reivindicação do sexo masculino a espaços e lutas das mulheres', alegando que o ministério está acolhendo e incentivando políticas públicas direcionadas a pessoas do sexo masculino.
Um dos pontos de discórdia é a inclusão de mulheres transgênero em espaços e categorias destinados a mulheres cisgênero. A ministra Cida Gonçalves é uma forte defensora dessa causa, já tendo afirmado em entrevista ao Poder360 que todas as mulheres, independente de serem transgênero ou cisgênero, devem ter acesso a todos os lugares da sociedade.
Outra tópica no centro do debate é o uso do termo 'pessoas que menstruam', considerado pelas deputadas como 'desumanizante' e 'misógino'. A frase foi usada numa portaria sobre distribuição de absorventes pelo SUS (Sistema Único de Saúde), assinada por Cida e outros 5 ministros. Julia Zanatta, em seu requerimento, considera 'ofensiva e limitante' a definição de mulheres 'por partes de nossos corpos (vulva, útero, vagina) ou por funções biológicas (gestar, amamentar, menstruar, parir)'.
Além dessas questões, a ministra também falará sobre o Programa Brasil sem Misoginia, lançado em outubro, e futuros projetos. A solicitação para que discuta esses temas veio da deputada federal Ana Pimentel (PT-MG).
Deixe um Comentário!