A nova chanceler argentina, Diana Mondino, traz consigo uma vasta experiência no setor privado e acadêmico, embora seja a primeira vez que ela adentra à esfera política. A economista de 65 anos conquistou ao longo de quatro décadas de trabalho qualidades como calma, articulação e sensatez.
Ignacio Labaqui, analista político, afirma em suas observações que Diana Mondino se destaca pela capacidade de abordar com cautela assuntos delicados e polêmicos. Seu curriculum carrega consigo passagens em cargos administrativos de grandes empresas privadas e a gerência da consultoria de risco Standard & Poor's (S&P) na América Latina.
Mondino também lecionou na Universidade Cema, conhecida por ser um laboratório de pensadores liberais, fundada nos finais dos anos 1970, por ex-alunos da Universidade de Chicago. Esta instituição de ensino também foi responsável pela formação de Paulo Guedes, ex-ministro da economia do Brasil.
A nova chanceler, recentemente, enfatizou sua postura pragmática em relação à economia e política externa. Ela também criticou duramente a política econômica nacional e o protecionismo. Diana Mondino é casada com Eugenio Pendás, secretário de Obras Públicas durante o governo de Carlos Menem, com quem teve dois filhos.
A nova chanceler argentina foi anunciada há alguns meses pelo então candidato à presidência, Javier Milei. Sua primeira visita oficial como chanceler foi ao Brasil, numa tentativa de amenizar a tensão entre os dois países.
Mondino teve um encontro considerado positivo com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, onde demonstrou abertura para o diálogo, além de uma postura calma e razoável.
Um dos grandes desafios para a chanceler será o equilíbrio entre suas próprias posições e aquelas do presidente Javier Milei. No entanto, ela contará com a ajuda de diplomatas de carreira da chancelaria argentina, o que é visto como um aspecto positivo.
Mondino disse que pretende assinar o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul o mais rápido possível. Sobre a inclusão da Argentina no Brics, ela reforça a postura de negativa previamente assumida por Milei.
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