Os dados revelam uma evolução na composição da economia brasileira no últimos anos, com um deslocamento do foco do Produto Interno Bruto (PIB) a partir das grandes metrópoles. O estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe dados que confirmam essa tendência.
Enquanto em 2002, São Paulo (12,7%), Rio de Janeiro (6,3%), Brasília (3,6%) e Belo Horizonte (1,6%) representavam um quarto da economia brasileira, em 2021 o grupo cresceu para incluir Manaus (1,1%), Curitiba (1,1%), Osasco (SP) (1%), Maricá(RJ) (1%), Porto Alegre (0,9%), Guarulhos (SP) (0,9%) e Fortaleza (0,8%), totalizando 25% do PIB nacional.
Os dados também mostram que, em 2002, as riquezas produzidas por 48 cidades correspondiam a 50% do PIB nacional. Já em 2021, esse número subiu para 87 cidades, sinalizando uma economia menos concentrada. Além disso, em 2002, 1.383 municípios detinham cerca de 1% do PIB. Esse número caiu para 1.306 em 2021, demonstrando uma redução da desigualdade entre as cidades.
Outro indicativo de desconcentração é no comportamento das capitais. Em 2002, elas totalizavam 36,1% da economia. Mas, em 2021, esse número caiu para 27,6%, menor índice desde o início da pesquisa em 2002.
O relatório também aponta que no Pará, Espírito Santo e Santa Catarina, a capital não é a cidade mais rica de seus respectivos estados. Além disso, São Paulo e Rio de Janeiro foram as cidades que mais perderam participação no PIB entre 2002 e 2021, enquanto Maricá (RJ) e Parauapebas (PA), tiveram os maiores ganhos de participação.
Por fim, o levantamento do IBGE destaca as desigualdades regionais no PIB per capita. Enquanto a média nacional era de R$ 42,2 mil, o Nordeste apresentava R$ 21,5 mil, e a região Norte, R$ 29,8 mil. As demais regiões estavam acima da média nacional.
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