O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, carregará consigo 344 processos assim que ocupar sua nova cadeira. Conquistando a aprovação de 47 dos 77 senadores, com duas abstenções, Dino ainda aguarda a definição da data de sua posse. Vale destacar que o recesso dos ministros começa em 20 de dezembro e só retorna a partir de 1° de fevereiro de 2024. Com um prazo apertado, é provável que se tenha dificuldades para a realização da posse em uma semana.
Dino receberá processos que incluem investigações sobre as ações do governo do ex-Presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 e a validade dos indultos natais assinados durante a administração anterior. Durante a sabatina, Dino evitou comentar questões relacionadas a Bolsonaro.
Dino é natural de São Luís (MA) e sempre esteve ao lado do presidente Lula, inclusive na campanha presidencial de 1989. Naquela época, Dino era presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde mais tarde cursou Direito e fez mestrado. Em 1994, tornou-se professor titular e ingressou como juiz federal, papel que ocupou até 2006.
Com uma carreira significativa na magistratura, presidiu a Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe), e foi secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça. Porém, após 12 anos no Judiciário, Dino se desligou para seguir na carreira política, inicialmente pelo PCdoB e depois pelo PSB.
Apesar de seu histórico político ser motivo de críticas pela oposição, que o considera um nome ideológico, Dino conquistou seu espaço na política com o apoio do atual presidente Lula. Já seu tempo à frente do Ministério da Justiça foi marcado por conflitos com opositores, mas suas ações foram reconhecidas como acertadas pelo Fórum de segurança, especialmente medidas de controle de armas de fogo.
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