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Empregabilidade deve seguir em alta em 2024, apontam especialistas

Mesmo com a previsão de crescimento econômico mais tímido para o próximo ano, especialistas acreditam que a geração de empregos formais seguirá em alta, impulsionada pela redução dos juros e pelos investimentos do PAC.

O mercado de trabalho do Brasil deve manter o ritmo de crescimento em 2024, segundo análises do campo econômico, tendo em vista o bom desempenho dos indicadores de emprego e renda em 2023. Analistas ressaltam que essa expectativa se baseia na continuidade do avanço da economia e na provável diminuição do rigor da política monetária.

Benito Salomão, economista da Universidade Federal de Uberlândia, acredita que o mercado de trabalho seguirá aquecido se não houverem surpresas negativas. Mesmo com a tendência de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), as contratações deverão seguir sendo positivas.

Segundo o professor de mercado financeiro da UnB e conselheiro do Corecon-DF, César Bergo, o mercado de trabalho no país teve um expressivo dinamismo em 2023, gerando cerca de 1,8 milhão de novas vagas formais nos dez primeiros meses do ano conforme dados do Ministério do Trabalho. Ele acredita que 2024 pode ser ainda melhor.

Bergo aponta que há expectativa de crescimento principalmente nos setores de saúde e tecnologia, além do constante crescimento da demanda por serviços on-line. Além disso, a demanda por profissionais qualificados deverá ser ainda maior devido ao avanço da tecnologia e da presença da inteligência artificial em diversos setores.

O economista ainda destaca a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a geração de empregos, especialmente em projetos de parceria público-privada como infraestruturas estradas, hospitais, escolas, entre outros.

Por fim, o Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo que analisa o mercado de trabalho e a economia, indica que 78% dos recrutadores têm dificuldades para contratar profissionais qualificados. A previsão é que esse cenário se mantenha pelos próximos seis meses. Paralelamente a essa dificuldade, o baixo nível de desemprego constatado dá mais liberdade aos profissionais na escolha de onde desejam trabalhar.

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