A agência judiciária iraniana anunciou no sábado (16) a execução de um homem condenado por trair o país e colaborar com o Mossad, o serviço de espionagem de Israel. A execução ocorreu na prisão de Zahedan, na província de Sistão-Baluchistão.
A identidade do homem não foi revelada pela agência. No entanto, foi divulgado que ele foi julgado e condenado por 'cooperação em assuntos de inteligência e espionagem' para o Estado Israelense, 'coleta de informações confidenciais' e por 'fazer propaganda a favor de grupos e organizações contra a República islâmica do Irã'.
O país Persa tem, historicamente, revelado detenções de agentes que trabalhavam para serviços de inteligência de nações estrangeiras, Israel sendo um dos principais combatentes. O Irã e Israel têm se enfrentado em uma batalha indireta há anos, pois o Irã não reconhece a soberania de Israel.
A República Islâmica já acusou Israel de sabotar alguns de seus centros nucleares e de assassinar diversos cientistas iranianos. A província de Sistão-Baluchistão, que faz fronteira com o Paquistão e o Afeganistão, é uma área desfavorecida e geralmente é palco de ataques e confrontos entre a polícia e grupos armados.
Em dezembro de 2022, quatro indivíduos foram enforcados após serem condenados à morte por 'cooperação' com o estado de Israel. De acordo com organizações de direitos humanos como a Anistia Internacional, o Irã executa mais pessoas por ano que qualquer outro país, com exceção da China. O grupo Iran Human Rights (IHR), baseado na Noruega, registrou que mais de 600 pessoas foram executadas no Irã apenas até o final de outubro deste ano, a maior contagem em oito anos.
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