A Polícia Federal (PF) está apurando um suposto esquema de garimpo ilegal que movimentou aproximadamente R$ 250 milhões. O esquema envolvia a extração de cassiterita, um minério apelidado de 'ouro negro', da Terra Indígena Yanomami, situada entre os estados do Amazonas e Roraima. A operação, conhecida como 'Disco de Ouro', foi lançada na segunda-feira (4.dez.2023) e é uma continuação de uma operação que começou em janeiro de 2022. O inquérito foca na investigação de garimpeiros e empresários, tendo como alvos o cantor Alexandre Pires e seu empresário, Matheus Possebon.
Na terça-feira (5.dez), foram efetuados dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão nas cidades de Santarém (PA), Uberlândia (MG), Itapema (SC), São Paulo (SP) e Santos (SP). No litoral de São Paulo, Alexandre Pires foi interrogado pelos agentes da PF e seu empresário foi preso. A operação também ordenou o bloqueio de cerca de R$ 130 milhões de todos os suspeitos.
O inquérito policial sugere que o esquema estava focado na 'lavagem' de cassiterita extraída ilegalmente do território indígena. Acredita-se que, após ser extraído da área, o minério era registrado como originário de um garimpo legal no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), e supostamente levado para Roraima para processamento.
A PF identificou transações financeiras que abrangem toda a organização. Pilotos de avião, postos de combustíveis, lojas de maquinário e equipamentos de mineração bem como pessoas responsáveis por mascarar as movimentações fraudulentas faziam parte do esquema.
De acordo com as investigações, Alexandre Pires teria recebido R$ 1.382.000 de uma empresa envolvida com garimpo ilegal. Em resposta, a defesa do cantor afirmou que ele 'nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério'. As investigações continuam, conforme informado pela polícia.
Deixe um Comentário!