MUNDO POLÍTICA

Estados Unidos realizarão exercícios militares aéreos na Guiana nesta quinta-feira

As manobras militares são parte das operações de rotina estabelecidas para ampliar a parceria de segurança entre os dois países, esclarece a Embaixada dos EUA na Guiana.

O Comando Militar Sul dos Estados Unidos irá conduzir 'operações aéreas' na Guiana nesta quinta-feira (7.dez.2023), conforme divulgado pela Embaixada dos EUA no país sul-americano. Por meio de um comunicado, a embaixada explicou que tais exercícios militares são parte de suas operações habituais, voltadas para o fortalecimento da parceria de segurança entre os dois países.

Além disso, a iniciativa busca também aprimorar a cooperação regional. Segundo a representação diplomática americana, o Comando Sul continua a colaborar com as Forças de Defesa da Guiana em áreas como preparação para desastres, segurança aérea e marítima, e combate a organizações criminosas transnacionais.

'Os EUA continuarão o seu compromisso como parceiro de segurança confiável da Guiana e na promoção da cooperação regional e da interoperabilidade', afirmou a Embaixada. No entanto, não foi mencionada a disputa territorial entre a Guiana e a Venezuela. Vale lembrar que os exercícios militares ocorrem em meio a tensões causadas por esse conflito.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reivindica a região de Essequibo, que corresponde a 74% do território da Guiana e tem sido alvo de controvérsias há mais de um século.

Maduro anunciou recentemente medidas para a criação de uma província venezuelana em Essequibo e apresentou um novo mapa do país, que inclui a região disputada. Isso ocorreu após a população da Venezuela aprovar a anexação do território em um referendo realizado no dia 3 de dezembro.

Em resposta, o presidente guianense, Irfaan Ali, ressaltou que as ações de Maduro representam uma 'ameaça iminente à integridade territorial' da Guiana e que o país intensificará as medidas de proteção ao seu território. Ele também informou que as Forças de Defesa da Guiana estão em estado de alerta e que os militares foram comunicados sobre a situação, incluindo o Comando Sul dos EUA.

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