Os parentes de Jéssica Vitória Canedo têm a intenção de categorizar a página de fofocas ‘Choquei’ em muitos delitos. Confirmaram que alegarão difamação, danos morais e possivelmente conteúdo falso. O advogado da família, Ezequiel Souza, compartilhou essa informação em uma entrevista para o jornal O Globo em 30 de dezembro de 2023.
Inês de Oliveira, mãe de Jéssica, informou que a filha de 22 anos se suicidou em 22 de dezembro após ingerir muitos medicamentos. Após a 'Choquei' postar uma suposta conversa amorosa entre Jéssica e o artista Whindersson Nunes, a jovem começou a receber críticas e ataques. Ambos negaram que se conheciam.
O advogado da família de Jéssica afirmou que estão reunindo muitas evidências para acusar a página de difamação, uma ofensa que se encontra no artigo 139 do Código Penal. Isso se aplica a difusão de informações falsas na internet ou fora dela.
Adicionalmente, se for comprovado que a página postou e manteve a publicação consciente de que era falso, eles também podem ser acusados de acordo com o artigo 171, por difusão de 'conteúdo fraudulento'.
Felipe Monteiro, delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, declarou que a página está sendo investigada pela acusação de ter induzido o suicídio de Jéssica. Segundo ele, outras plataformas que divulgaram a notícia falsa sobre a conversa entre Jéssica e o artista também estão sob investigação.
Raphael Souza, administrador da Choquei, foi interrogado pela Polícia Civil de MG no dia 28 de dezembro. Em uma nota, a página informou que ele 'apresentou fatos e documentos' para 'explicar o episódio e esclarecer o papel da 'Choquei' no caso'.
O advogado Ezequiel Souza afirmou que a investigação em curso não impede que a Choquei seja categorizada em outros crimes. Segundo ele, dada a contribuição da página para o suicídio prematuro de Jéssica, seja publicando e disseminando informações falsas sobre ela, ou abstendo-se de fazer uma retratação pública ou remover o conteúdo, uma condenação por danos morais pode ser considerada.
Deixe um Comentário!