Alberto Fernández, o atual presidente da Argentina, finaliza oficialmente seu mandato neste domingo, 10 de dezembro de 2023, cedendo o posto a Javier Milei. Apesar dos desafios socioeconômicos durante sua gestão, Fernández se tornou o único chefe do executivo sem reeleição a não enfrentar qualquer greve geral desde a retomada da democracia no país, em 1983. O levantamento foi realizado pela Universidad Austral.
Em um estudo da mesma universidade, foi citado: 'Alberto Fernández alcança o recorde de ser o primeiro presidente, sem reeleição, da nova democracia, a completar o seu mandato sem greves gerais. Consegue-o, surpreendentemente, num contexto de fragilidade econômica, inflação muito elevada, escassez de reservas, aumento da pobreza e complicações nas condições de vida de boa parte dos argentinos'. O estudo completo pode ser visto aqui (PDF – 2 MB, em espanhol).
Fernández, assim como sua antecessora, Cristina Kirchner, finalizou o primeiro mandato sem enfrentar protestos sindicais. No entanto, após a reeleição de Kirchner em 2011, o país vivenciou 5 greves gerais.
Desde 1983, foram registradas 42 greves gerais na Argentina, sendo que 26 dessas paralisações ocorreram durante a gestão de três presidentes que não seguiam a corrente política Peronista: Raúl Alfonsín (1983 a 1989), Fernando De la Rúa (1999 a 2001) e Mauricio Macri (2015 a 2019). No total, 62% das greves foram atribuídas a forças não peronistas enquanto 38% a forças peronistas.
O Peronismo foi um movimento político estabelecido na década de 1940 pelos seguidores do ex-presidente Juan Domingo Perón. A corrente se caracteriza pelo nacionalismo, o fortalecimento da imagem do líder, ideais populistas e alinhamento com organizações sindicais.
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