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Festividades natalinas fazem economia do Distrito Federal crescer com geração de R$ 830 milhões

Sindivarejista-DF revela que o aumento no faturamento dos varejistas durante a temporada de Natal foi de 7,2% ao comparar com o ano anterior. Este crescimento é atribuído à queda na inflação e ao aquecimento do comércio local

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF), o investimento dos consumidores no período natalino aumentou em 7,2% comparado a 2022, com um gasto médio elevado de R$ 221 para R$ 252.

A pesquisa aponta ainda que o Natal foi responsável por injetar cerca de R$ 830 milhões na economia do Distrito Federal, um aumento expressivo quando comparado aos R$ 746 milhões do ano anterior, um aumento de 11,26%. À luz dos resultados, o presidente do Sindivarejista-DF, Sebastião Abritta, ressalta dois pontos de destaque: a melhoria nas condições econômicas do país e a queda na taxa Selic de 13,75% para 11,75%, que tiveram uma grande influência no aumento das compras natalinas.

Abritta comentou que 82,4% dos vendedores do Distrito Federal tinham a expectativa de lucrar mais nas vendas de Natal em comparação com o ano anterior, impulsionados pela disponibilização de R$ 8,82 bilhões originados do 13º salário dos cidadãos, em comparação aos R$ 8,5 bilhões do ano passado.

O estudo do Sindivarejista indica que 69% das compras feitas na região do Plano Piloto foram realizadas através de cartões de crédito/débito, enquanto nas outras regiões administrativas, 48% dos clientes utilizaram esta forma de pagamento. As compras presenciais foram a preferência de 76% do público, com roupas, brinquedos e calçados sendo os presentes mais vendidos.

Nesta temporada natalina, o comércio adotou estratégias como contratações temporárias para impulsionar as vendas. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) estima que cerca de 4,3 mil vagas de emprego temporário foram abertas, um número expressivo quando comparado às 3,5 mil vagas disponíveis em 2022. Esse crescimento no número de contratações temporárias revela o quanto os lojistas se anteciparam ao fluxo de compras de Natal.

César Bergo, professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB) e economista, considera que o impulso no número de vendas de Natal é um indicativo do crescimento do comércio, visto também nos setores de varejo de calçados, cama, mesa e banho, cosméticos e perfumarias, e eletrônicos, onde a intenção de contratar mais pessoas disparou para um impressionante 68%.

Ele também cita o programa Desenrola Brasil como um impulso adicional ao crédito, resultando em uma melhora das vendas. Além disso, Bergo acrescenta que a pesquisa destaca a preferência do consumidor por lojas físicas e cartões como principal forma de pagamento.

Entretanto, com o fim do Natal, o comércio se prepara para a temporada de trocas de presentes. Se houver qualquer problema, a troca pode ser efetuada em até sete dias sem justificar o motivo, desde que a mercadoria seja devolvida sem sofrer nenhuma penalidade, conforme estipulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Ainda assim, o CDC não obriga as lojas a efetuarem a troca de produtos em perfeito estado, sendo obrigatório apenas em caso de defeito.

Agora, a principal preocupação é manter as finanças sob controle durante esse período de festas para evitar que 2024 comece no vermelho. Estima-se que o Distrito Federal tem o segundo maior número de endividados do país, atrás apenas do Rio de Janeiro, com 1,2 milhão de inadimplentes. Logo, a sugestão dos especialistas é evitar compras por impulso e estabelecer limites nos gastos.

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