Flávio Dino foi indicado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, para garantir sua aprovação ao cargo, Dino precisa alcançar pelo menos 41 votos no Senado Federal. Agora, a contagem contra o tempo é para conquistar outros 17 votos, já que sua avaliação está marcada para a próxima quarta-feira, depois de passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Dino, que foi indicado para suceder a ministra Rosa Weber, aposentada em setembro, começou a angariar votos para sua nomeação depois que ela foi anunciada. Levantamento do GLOBO na última sexta-feira, mostrou que ele já conseguiu o apoio público de 24 senadores. No entanto, outros 21 senadores já se mostraram contrários à sua indicação.
Apesar da resistência, Dino tem esperança na base aliada do governo, que ainda não se pronunciou sobre a votação. Curiosamente, a maioria dos indecisos pertence ao PSD, com cinco parlamentares, enquanto outros quatro não responderam ao levantamento do GLOBO.
O senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação de Dino, apresentou um parecer favorável, destacando o currículo do indicado e sua boa reputação no meio jurídico. A subprocurador-geral da República Paulo Gonet, indicado por Lula para a Procuradoria-Geral da República (PGR), também obteve parecer favorável do relator, o senador Jaques Wagner (PT-BA).
Gonet, à semelhança de Dino, percorreu os gabinetes dos senadores em busca de apoio, descrevendo-se como 'privilegiado' por poder dialogar com os parlamentares sobre os problemas do país.
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