O presidente Lula indicou Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), e se a indicação for aprovada pelo Senado, Dino poderá se tornar o segundo juiz do Nordeste na configuração atual do tribunal. Dino, que é do Maranhão, se uniria ao Ministro Nunes Marques, de Teresina, no Piauí, como o único representante regional.
A composição do STF tem sido caracterizada por uma desigualdade na representação dos Estados ao longo da história. Na formação atual, sete ministros são do Sudeste, um é do Sul, um do Nordeste, um do Centro-Oeste e nenhum do Norte, de acordo com dados do tribunal que levam em conta onde o juiz nasceu.
Dino poderia se tornar o sexto magistrado nascido no Maranhão a fazer parte da corte mais alta do país durante a República. Antes dele, os ministros Costa Barradas (Deodoro da Fonseca), Pindahiba de Mattos (Floriano Peixoto), João Pedro Belfort Vieira (Prudente de Morais), Viveiros de Castro (Venceslau Brás) e Carlos Madeira (José Sarney) foram nomeados para o STF.
Segundo o tribunal, os estados com mais representação na história republicana foram Rio de Janeiro com 33 indicações, Minas Gerais com 30, São Paulo com 26 e Rio Grande do Sul com 18 - que são do Sul e do Sudeste. O Nordeste teve 55 membros nomeados ao longo da história, sendo Bahia com 14 indicações e Pernambuco com 11 como os mais representados.
Nos 132 anos do tribunal, vários estados e o Distrito Federal ainda não tiveram um ministro entre os nomeados, incluindo Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A atual formação do STF é composta por juízes de seis estados: São Paulo é representado por Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, André Mendonça e Cristiano Zanin; Rio de Janeiro por Luís Roberto Barroso e Luiz Fux; Edson Fachin do Rio Grande do Sul; Gilmar Mendes do Mato Grosso; Cármem Lúcia de Minas Gerais; e Nunes Marques do Piauí.
Gilmar Mendes é o único juiz que nasceu em um estado, mas construiu sua carreira em outro - Mato Grosso e Brasília, respectivamente.
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