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Frente Parlamentar da Agropecuária repreende Lula por comparar o Congresso a uma ‘raposa cuidando do galinheiro’

Em declaração, a FPA alega que o presidente Lula está criminalizando o Congresso

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) expressou descontentamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suas declarações em que comparou o Congresso a uma 'raposa cuidando do galinheiro'. Essas declarações foram feitas no contexto da possível derrubada do veto ao projeto de lei que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Segundo comunicado da FPA, o presidente Lula está criminalizando o Congresso.

No comunicado, a FPA acusou o presidente de buscar a criminalização da produção agrícola no Brasil, enfraquecimento de direitos constitucionais, tudo isso visando a manutenção de seu poder e uma democracia fraca, submissa e corrupta. A FPA destaca ainda que aquela seria uma discussão séria que afeta milhares de famílias brasileiras, que teriam sido despejadas suas casas devido a abordagens técnicas e ideológicas.

Lula comparou o Congresso a uma 'raposa cuidando do galinheiro' em referência ao conflito envolvendo o marco temporal. Em reunião com movimentos sociais na COP 28, em Dubai, o presidente solicitou à ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) que usasse seu charme para persuadir os congressistas a não derrubarem seu veto ao projeto aprovado em setembro, desafiando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou a proposta inconstitucional.

Em suas palavras, Lula disse: 'Precisamos nos preparar para compreender que ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o Legislativo, o Executivo e realizar as mudanças que desejamos, ou teremos que lidar com o que aconteceu com o marco temporal. Confiar que uma raposa cuide do nosso galinheiro é ter muita fé.'

O Congresso avaliará os vetos de Lula na próxima quinta-feira, com a tendência sendo a derrubada dos vetos do presidente. Tal decisão é provável, visto que o projeto de lei contradiz uma decisão do STF, podendo este ser contestado na própria Corte Suprema.

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