O Gemini 1.0, uma nova linguagem de inteligência artificial multimodal, foi lançada pelo Google nesta quarta-feira (6). De acordo com a companhia, esta ferramenta é superior ao GPT-4, utilizado na opção paga do ChatGPT.
A inteligência artificial do Google atingiu uma pontuação de 90% no teste de Compreensão Massiva de Linguagem Multitarefa (MMLU, na sigla em inglês), abrangendo tópicos como história, matemática, medicina, física e ética. De acordo com a empresa, o Gemini superou tanto o modelo mais avançado da OpenAI, que pontuou 86%, quanto especialistas humanos.
De acordo com o Google, o Gemini é capaz de entender comandos em código, imagem, áudio, vídeo e texto simultaneamente. Além disso, para os programadores, pode entender linguagens como Python, Java, C++ e GO.
Foram desenvolvidas três versões da linguagem de IA: Ultra, Pro e Nano. A Nano, que é o modelo compacto do Gemini idealizado para celulares, já pode ser usado por desenvolvedores do Android Studio a partir de hoje (6). A versão Pro do Gemini será disponibilizada no Google AI Studio, plataforma de desenvolvimento da própria empresa, em 13 de dezembro. Já o Ultra, que é um modelo mais poderoso do Gemini, está em fase de testes de segurança e seu lançamento está previsto para 2024.
Nesta quarta-feira, o Google também lançou uma versão aprimorada do Bard, conhecido como 'ChatGPT do Google', baseada no Gemini Pro. Segundo a empresa, este modelo superou o GPT-3.5, usado no modo gratuito do ChatGPT, em capacidade de compreensão, resumo, programação e raciocínio de comandos, fornecendo respostas mais adequadas e precisas. Por ora, a nova versão do Bard compreende textos apenas em inglês e está disponível em 170 países, incluindo o Brasil. Espera-se que suporte a mais idiomas seja adicionado nos próximos meses. No entanto, ainda não há previsão para a inclusão de comandos por meio de códigos, imagens ou vídeos.
Em 2024, o Google também planeja lançar o 'Bard Avançado', baseado no modelo Ultra do Gemini. Esta versão ainda está em fase de testes de segurança.
Durante o desenvolvimento do Gemini, o Google seguiu parâmetros de segurança. A empresa conduziu uma pesquisa em maio deste ano para identificar riscos potenciais na inteligência artificial, como possíveis ofensas, influências e autonomia no modelo. A empresa levou em consideração outros padrões de segurança gerais do mercado de desenvolvimento de inteligência artificial, como os Avisos Reais de Toxicidade, que reúnem mais de 100 mil comandos reais feitos por usuários e que representam padrões de violência, estereótipos ou riscos à sociedade.
Além do Bard, outros produtos do Google receberão a tecnologia do Gemini. O plano da empresa é integrar a IA em serviços como Busca, Publicidade, Duet AI e Google Chrome no próximo ano. O smartphone Pixel 8 Pro da Google também utilizará o modelo Gemini no seu sistema operacional, o que possibilitou a criação de recursos como resposta inteligente no teclado do WhatsApp e edição automática de imagens. Ou qualquer planos para que o Gemini seja incorporado em outros celulares Android não foram divulgados.
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