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Gleisi alerta Campos Neto: ‘possível fim da compra parcelada sem juros restringe o consumo e prejudica a economia’

A líder nacional do PT alegou que indivíduos representando grandes bancos privados estão pressionando o presidente do Banco Central para fazer alterações no método de compras via crédito.

A líder do PT a nível nacional, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), acusou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), nesta terça-feira (5), de querer anular as compras parceladas sem juros. 'Desejam afetar o povo com essa ideia absurda e cruel. Como o brasileiro mais pobre vai lidar? Isso apenas prejudicará a economia e diminuirá a capacidade de compra da população', declarou a deputada na plataforma de comunicação social X.

'Está surgindo uma grande pressão dos bancos privados maiores, sustentados por Campos Neto, para eliminar as compras parceladas sem juros no cartão de crédito ou limitar a apenas tres vezes', afirmou. 'Junte-se a nós na campanha 'Parcelo Sim!'. #ParceloSim'.

Em uma transmissão ao vivo semanal do BC, Campos Neto afirmou que o banco não planeja tomar medidas que afetem a capacidade de compra dos brasileiros. 'Não há intenção do BC de fazer alterações que influenciem a capacidade das pessoas de comprar. Porém, é crucial considerar o longo prazo. Nossa preocupação é estar tomando medidas que possam parecer melhores no curto prazo, mas que acabem limitando o crescimento do crédito sustentável a longo prazo', expressou Campos Neto, adicionando que 'o parcelamento sem juros atingiu um volume bastante grande, o mercado de cartões ficou com uma inadimplência alta'.

Em agosto, Campos Neto disse ao Poder 360 que 'o parcelamento sem juros é crucial para o consumo e ninguém propôs acabar com o parcelamento', porém, ele acredita que é possível desencorajar esse modelo de crédito. 'O tema que estava sendo discutido é como posso fazer para que isso não continue crescendo de maneira descontrolada. Em outras palavras, deve haver um desincentivo marginal ao longo prazo do parcelamento. Por outro lado, há muita emissão de cartão'.

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