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Gleisi Hoffmann, do PT, refuta críticas dos ruralistas a Lula durante a COP: ‘Está agindo com motivação ideológica’

Em um discurso recente, o presidente Lula comparou a defesa do marco temporal proposto pelos ruralistas a 'deixar uma raposa cuidar do galinheiro'

Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), questionou as críticas da Frente Parlamentar da Agropecuária ao presidente Lula, após o seu discurso na COP 28, a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, onde o presidente brasileiro questionou firmemente a tese do marco ruralista referente à ocupação indígena das terras.

Em sua fala durante o evento realizado na Europa, Lula comparou a defesa do marco temporal pelas forças rurais brasileiras a 'deixar uma raposa cuidando do galinheiro'. Ele também manifestou o seu apoio à decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir esta tese jurídica sobre a ocupação das terras pelos indígenas.

Respondendo ao comentário do presidente, a Frente Parlamentar da Agropecuária criticou as declarações de Lula, afirmando que o seu discurso desprestigiou a representatividade parlamentar brasileira e apontou para a potencial criminalização da produção rural no país, além de colocar em risco direitos constitucionais fundamentais.

Contudo, a presidente do PT condenou estas alegações dos ruralistas. Ela destacou que o presidente Lula sempre apoiou o setor rural brasileiro e afirmou que os críticos 'estão agindo por motivação ideológica, sem pensar na sustentabilidade e na competitividade do nosso agronegócio'.

Gleisi Hoffmann ainda defendeu a importância da preservação dos territórios indígenas e reafirmou a oposição ao marco temporal, que foi totalmente vetado pelo presidente Lula. Ela comentou que 'A preservação de territórios e direitos dos indígenas é parte essencial de nossa relação com um mundo cada vez mais exigente sobre a procedência de grãos e proteínas.'

O marco temporal, que foi aprovado no Congresso Nacional, tem possibilidade de ser revogado pelos parlamentares. A votação sobre a decisão de Lula do possível veto ao marco temporal deve acontecer na próxima quinta-feira, dia 7.

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