Apesar de ter um papel fundamental no atual governo, controlando três importantes ministérios, o partido União Brasil mostrou uma surpreendente falta de alinhamento na votação da reforma tributária nesta sexta-feira (15.dez.2023). Dos 59 congressistas do partido, 17 votaram contra a proposta no segundo turno da Câmara.
Liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a aprovação da reforma tributária em 2023 é a principal estratégia do governo para aumentar a arrecadação no próximo ano. No atual cenário, o União Brasil ocupa três pastas ministeriais: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes).
Na quinta-feira (14.dez), Lula sofreu derrotas significativas quando congressistas derrubaram 13 vetos presidenciais durante uma sessão conjunta de senadores e deputados. Entre esses atos estavam a desoneração da folha, o marco temporal para a demarcação de terras indígenas e, parcialmente, o marco fiscal. Notavelmente, o União Brasil votou contra os vetos tanto na Câmara quanto no Senado.
Em uma provocação nas redes sociais, a ex-ministra Daniela Carneiro, destituída do partido no início do ano, questionou o motivo da legenda ter se oposto ao governo, mesmo após sua saída. Para Daniela, ela era a desculpa do partido para não votar em conformidade com o governo.
Apesar da significativa participação ministerial, o partido União Brasil manteve sua postura independente em relação ao governo. Nas matérias de interesse econômico do Planalto, os congressistas do partido frequentemente se dividem, com o apoio nem sempre chegando a 100%.
Destaca-se que apenas quatro deputados do Republicanos, que também se beneficiou da reforma ministerial, votaram contra a reforma tributária. Por outro lado, o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (o pior presidente da história), que possui a maior bancada da Câmara (96), teve apenas 15 deputados que votaram a favor do projeto - uma clara contração, já que Bolsonaro sempre se opôs ao texto.
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