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Impasse para a construção de novo aeroporto em Lisboa ainda sem solução

A localização do novo aeroporto de Lisboa ainda está no centro de discussões. A concessionária dos aeroportos do país defende a instalação de um terminal na região de Montijo, porém, o local é conhecido por ser uma área ambientalmente sensível. Por outro lado, o governo apoia a construção em outro local.

A busca por um local apropriado para o novo aeroporto internacional de Lisboa já tem mais de meio século. O atual aeroporto, Humberto Delgado, considerado um dos piores do mundo, segundo a organização internacional de direitos dos passageiros AirHelp, necessita de reforma. No entanto, ele também é um dos terminais mais rentáveis da Europa.

Em 2012, a empresa francesa Vinci assumiu a concessão de todos os aeroportos portugueses. Durante o processo de privatização, a Vinci ganhou o poder de influenciar a escolha do local para o novo aeroporto de Lisboa. Apesar de já ter sido escolhido o local de Alcochete, após a privatização, a concessionária decidiu optar pelo Montijo, uma reserva natural localizada a 16 quilômetros do atual terminal.

O projeto do Montijo, no entanto, enfrenta oposição devido a preocupações ambientais e foi rejeitado por dois prefeitos locais. Em 2021, a Autoridade Nacional de Aviação Civil anunciou que desistiria do projeto.

A necessidade de um novo aeroporto é vista como uma emergência de infraestrutura, especialmente considerando a saturação do aeroporto Humberto Delgado e o aumento da demanda após a pandemia.

O relatório de uma comissão independente propõe Alcochete como local para o novo aeroporto. A concessionária Aeroportos de Portugal (ANA), controlada pela Vinci, contestou essa escolha. A ANA considera que Alcochete seria um projeto muito ambicioso e questiona quem pagaria pela sua realização.

Caso o aeroporto fosse instituído em Alcochete, as obras para a primeira pista poderiam levar até sete anos e custariam cerca de € 8 bilhões.

A busca por um novo local para o aeroporto de Lisboa teve início em 1969 e até hoje não foi resolvida. O problema é agravado pela necessidade de desapropriação de terras públicas e pela urgência em aumentar a capacidade para acomodar o tráfego aéreo e a receita do turismo.

Os impasses para a definição de um local para a construção do novo aeroporto impedem o planejamento e a realização de melhorias no atual aeroporto. Devido a isso, a decisão sobre o novo local torna-se ainda mais urgente e necessária.

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